NOBRE CABOCLA
Quando o sol deitou no poente
Nossa casinha branca escureceu
E dentro dela ficamos tu e eu,
A nos amar de forma ardente.
Com teus olhos feiticeiros,
Intrigantes me olhando assim,
Conseguem arrancar de mim,
Car�cias plenas, o dia inteiro.
Somos apenas n�s dois e a lua
Que espia pela fresta da janela,
Ilumina esperta, os seios dela,
Envolve sua imagem, deixa-a nua.
Produz ent�o uma sensual vis�o,
Da beleza sutil desta princesa.
Com seu altivo porte de nobreza,
Desta linda cabocla aqui do sert�o.
E pela noite vamo-nos amando,
Sem pressa ou preocupa��o,
O nosso amor vira em paix�o,
E sigo atrav�s do seu comando.
S�o nessas horas de intimidade,
Que entendemos qual o valor,
De nosso envolvimento com o amor,
E da nossa completa felicidade.
Marco Orsi