DIA AP�S DIA
Dia ap�s dia, sess�o nostalgia, lembran�as de um caso, que veio ao acaso, encravou-se em meu peito, sem dar-me o direito, de me defender...
Dia ap�s dia, eterna agonia, recordar de um tempo, que me trazia alento, me abrem as feridas, de horas vividas, onde nos entreg�vamos, com ardor nos am�vamos, em um m�tuo querer...
Pensamento a vagar me faz transportar, para lugares distantes, em procuras constantes, do corpo do amante, do ar insinuante, que ele transmitia, sensual se fazia, pra me satisfazer...
Dia ap�s dia, a solid�o me maltrata, fere feito chibata, a a�oitar minha vida, n�o trazendo guarida, somente a saudade, que cruel me invade, revivendo os momentos, que juntos tivemos, em que um �xtase profundo, maior que o mundo, vinha nos absorver...
No sil�ncio noturno, estou fr�gil, com o corpo carente, numa espera frequente, de que ele volte, e na cama se deite, trazendo o carinho, o aconchegar de seu ninho, as car�cias gostosas, o seu cheiro de rosas, que me embriagava, quando ardente me amava, levando-me ao cl�max, do pleno prazer...
Dia ap�s dia, meu olhar vermelho, de tanto chorar, se p�e frente ao espelho, aos c�us a clamar, a sua presen�a, que me enaltecia, em gozar me exauria, em entregas t�o loucas, com gemidos de bocas, nas peles suando, em uni�o se esfregando, a trazerem orgasmos, que faziam tremer...
Dia ap�s dia, me sinto em tormento, o vazio n�o ag�ento, dessa cama vazia, t�o inerte, t�o fria, e me indago ent�o, o porque da raz�o, dessa separa��o ter que acontecer, mas somente a saudade, cruel e covarde, � quem vem responder...
*Jose Cardoso *