Essa saudade calada, silenciosa, muda
que apenas ouve o som das
gotas de chuva que caem do telhado
e que parece querer me devorar
e despeda�ar cada peda�o vivo
que ainda existe no meu cora��o.
Essa saudade terr�vel, de uma for�a
de descomunal propor��o,
que chega no peito e parece
n�o querer jamais ir embora...
Que fa�o eu?
Como devo agir para que essa
tortura se finde ent�o?
Esperar...
Apenas esperar que o tempo voe
e que no peito o sofrimento n�o magoe
tanto como tem me magoado!
A aus�ncia de voc� � como
sentir a aus�ncia do ar pra eu respirar...
A aus�ncia me tem machucado...
Uma dor inexplic�vel, em que nada
no meu dia se alegra.
Tudo � triste, cinza e solit�rio
se torna o tempo que s� faz
dilacerar cada parte do meu corpo
que espera ansioso sua volta.
L�grima sofrida.
Vida triste e morta.
Sem voc�, tudo fica assim,
como uma n�voa cinzenta diante
dos meus olhos que lamentam
a aus�ncia de voc�!
N�o � mais poss�vel suportar
essa dor aguda,
essa saudade silenciosa,
calada e muda, que tenho que
disfar�ar e conter pra n�o
enlouquecer totalmente
pela falta que voc� me faz!
Volta pra mim!
Preciso respirar!
Preciso viver!
Preciso de paz!
Marco Motta
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A dor de te perder
L�grimas falam do meu cora��o,
Jorrando em profus�o,
Uma dor que sangra at� morrer
A certeza de te perder.
Os solu�os incontidos gritam por ti
No desespero de te querer aqui,
E o sil�ncio que devora as entranhas,
Faz eco de imagens estranhas.
Meus olhos emba�ados n�o querem ver
Tua imagem na dist�ncia se dissolver
Carregando consigo a alegria que vivi
E no espelho, a sombra do que fui me sorri...
Do sorriso brincalh�o, a m�scara incoerente,
Inerte, inf�rtil, indiferente.
Nos olhos inexpressivos, o vazio agora,
Do raio de sol que se foi embora.
Da voz musical, um grunhido sem vida,
Desafinando a amargura da alma do�da.
L�grimas gritam at� morrer,
No peito, a dor de te perder...
Lidia Sirena Vandresen
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