Estou cansada...
Deste mar de lembran�as do�das...
De todas as ilus�es que n�o terminam...
Estou cansada...
Deste des�nimo permanente...
Deste estado de desespero...
Que quase me leva � loucura.
Estou cansada...
De estar meio viva, meio morta...
Desta espera desesperante que quase me mata a alma.
Estou cansada...
Deste meu cora��o dorido...
Sempre perdido nas ondas da paix�o.
Minha vida no limite...
Segue um rumo incerto,
Para uma vida...
J� sem vida...
Estou t�o cansada...
De lutar contra a escurid�o...
De morrer em mim...
E nunca me encontrar em ti.
Estou cansada...
Desta revolta que n�o passa...
Desta dor que n�o se esvai.
Tudo se perdeu de si pr�prio...
Perdi-me na insanidade...
Em divaga��es de mem�rias de tempos idos.
Minha mente rev�-te todos os segundos do dia...
Estou cansada...
Mas n�o te deixo ir...
N�o permitirei que saias do meu corpo...
N�o deixarei morrer o amor que constru�mos...
E que a for�a do destino n�o destr�i.
Estou cansada...
Mas nunca desistirei de ti!...
Catarina Paula Camacho - http://catarinacamacho.blogspot.com.br
Conto os dias para te ver
Como se estivesse a alucinar...
Como se meus pensamentos fossem meros sonhos...
Mas tu n�o vens...
J� cansada, olho em meu redor
E tento identificar algo de ti.
Observo as paredes deste quarto
Que parece que perdeu a vida
Desde que te foste embora...
Observo minha cama
Que j� sente a tua aus�ncia.
A porta do quarto no entanto,
Ainda est� aberta
Desde o dia em que partiste,
Como se de repente fosses voltar...
A tua roupa, que continua espalhada
Pelo quarto, ainda tem teu cheiro...
Um cheiro de dor e desespero...
De m�goa e desilus�o...
Deixaste-me aqui, perdida,
Sem saber o que fazer da vida...
Desde que te foste,
At� o sol, j� n�o quer brilhar...
E todos os dias cheiram a tristeza...
Minha vida, aos poucos perde tamb�m a sua cor...
E a magia dos dias que vivemos
Aos poucos v�o se apagando de minha mem�ria...
E eu, j� em completo desespero,
Saio do quarto,
Des�o as escadas, quase n�o sentindo os meus passos,
Abro a porta, em direc��o � rua,
A claridade incomoda meus olhos,
Depois de tanto tempo na penumbra...
Olho as pessoas que passam,
E com esperan�a redobrada,
Vejo um vulto conhecido,
E pergunto-lhe por ti,
Mas ele, imergido na sua pr�pria dor,
Apenas me diz: �Hoje, ningu�m passou por aqui!
Catarina Paula Camacho - http://catarinacamacho.blogspot.com.br
Em versos componho
minha triste sina
de amar-te perdidamente.
Sinto no meu peito uma dor imensa
que queima-me a vida,
e desfaz-me o cora��o.
Luto desesperadamente contra esta sina,
contra este meu destino ingrato e cruel...
Mas minha alma, j� colada � tua
n�o ouve minhas s�plicas,
n�o quer saber de meus tormentos,
e teima em permanecer colada � tua.
Meu corpo, j� inerte, perdeu-se na escurid�o da noite,
e vai vivendo neste tormento,
neste mar de desafios, j� desafiados...
Minha voz, j� sem for�a,
n�o me sai do peito...
N�o posso gritar ao meu desespero,
n�o posso falar ao meu cora��o,
pois minha alma cala meus medos
e no final deste meu triste fim,
as luzes que pairam sobre mim,
apagam-se...
E na obscuridade do meu sofrimento
deixo-me ir... para a noite,
onde os meus pesadelos voltam a sobrevoar minha mente!
Catarina Paula Camacho
http://catarinacamacho.blogspot.com.br