FATO CONSUMADO
Vou imaginar que voc� n�o foi embora...
Que posso lhe encontrar a qualquer instante, a qualquer hora...
E falar do meu amor incessantemente,
Tal como eu fazia outrora...
Quando as circunst�ncias estiverem anuviadas...
Eu n�o temerei, permanecerei forte e desembara�ada...
Imaginando que, na paz da sua presen�a,
Eu ainda continuo protegida e amparada...
Quando eu tiver que assumir riscos e encarar desafios...
Eu os enfrentarei, como se enfrenta os rebojos dos rios...
Porque vou acreditar que voc� ainda pilota o meu barco
Como o fez, por meses e meses a fio...
Quando eu tiver que viajar...
Pra perto, pra longe ou pra qualquer lugar...
Manterei o cora��o aquecido quando em voc� eu pensar,
Imaginando que o seu amor irrestrito
Ir� me esperar de bra�os abertos, quando eu retornar...
Quando eu olhar as vitrines e ver perfumes, lingeries charmosas,
Vestidos insinuantes que me deixam formosa...
Eu os comprarei e para voc� os usarei...
Imaginando que ainda posso lhe seduzir com os meus ardis de mulher fogosa...
S� para ouvir voc� dizer que ainda me acha irreverente e gostosa ...
Quando eu passar naquela rua que testemunhou
O nosso primeiro beijo e o nosso primeiro abra�o...
Eu n�o chorarei... ver� que tenho nervos de a�o...
Porque vou imaginar que voc� apenas se escondeu por um instante...
Para aparecer sorrindo diante da minha afli��o e do meu embara�o...
Sim...
Ficarei imaginando e fazendo de conta por tempo incalculado...
At� que meu ser, encare sem enlouquecer,
O seu afastamento inesperado...
E aceite, por fim, a sua aus�ncia...
Apenas e t�o somente como
Um fato consumado!!!