Sempre dispensei elogios, livrando-me, assim, da obriga��o de ser melhor do que sou. Sempre quis aquilo que mere�o...ou fiz por merecer. Tamb�m abri m�o das falsas gentileza, de afetos gerados pela necessidade, das hist�rias criadas para gerarem jogos que me nego a jogar. E me dei o direito de ser eu mesma, sem dissimula��es, mostrando minhas qualidades e defeitos.
Recuso-me a tratar o amor com desrespeito e ironia, como se ele fosse uma obriga��o suport�vel. N�o quero ver meus amigos como pe�as descart�veis numa engrenagem falida, e n�o quero bitolar meus sentimentos �s desculpas e culpas de quem tem por horizonte apenas uma janela.
N�o quero companhias ausentes, afetos unilaterais, discursos sem fundamento, trabalho sem causa... pois sempre terei comigo a possibilidade infinita de reconhecer a verdade, onde ela estiver e, no caso de errar, a possibilidade de me perdoar, acreditando que terei for�as de me reerguer acima da mesquinhez e dos interesses dos outros.
O que quero, sim, � o direito de lutar para que meu esp�rito n�o seja contaminado pela ang�stia de quem se preocupa em gerar o mal, pelo desassossego de quem v� no outro o reflexo de suas pr�prias frustra��es. Quero o direito de conservar minhas queren�as e meus gostares, sem prestar contas a ningu�m e n�o quero fingir afeto, nem para agradar aqueles que se julgam donos e senhores da verdade.
Enfim... quero apenas viver, em paz comigo mesma, com o meu �ntimo, at� que eu sinta que nada mais posso, al�m de deixar acontecer...ASSINO, ABAIXO ,ADOREI ESSE TEXTO,