O tempo da dor.
Dores que duram.
Coisas que rasgam.
Leva o restante.
Leva um instante.
Que parece um mar.
Que deveria ser um sopro.
Mas que n�o para de ventar.
N�o para de falar.
Mas para.
Para sim.
Um dia, uma hora, um instante.
Antes do que imaginamos.
Depois do que queremos.
E depois, vem outro tempo.
Tempos e mais tempos.
Porque, no final, somos feitos disso mesmo:
de tempo.
(Emille Kisar, Punhado)