Cen�rio macabro
Crian�as a correr, correr amedrontadas,
Sapatos largados, brinquedos jogados,
Muitos quebrados no ch�o, esparramados.
Gritos, choros, l�grimas,
Pavor... jamais imaginado!
Em m�os pequeninas n�o mais o carrinho,
N�o mais a boneca, a bicicleta.
Desespero em cora��es jovens.
N�o mais sonhos floridos,
Nem caminhos tra�ados,
Em manh�s orvalhadas.
Correr... correr ...correr...
Mas... para onde correr ?
Quem os poder� socorrer?
O silvo das bombas, ouvidos com exatid�o.
Novo holocausto, irradia��o, contamina��o?
M�es que geraram com amor, a parir sem dor,
Abra�am os filhos a proteger do horror.
Em louca afli��o abrem o peito, ao filho aninhar.
Como os proteger, como os salvar?
Cen�rio macabro!
Soldados, velhos, crian�as, mo�os,
Feridos, dilacerados, mutilados, sem esperan�a.
Como os reconhecer, como os recolher?
Sobre a terra, muitos para sempre dormir�o.
E nesse tr�gico, onde tudo � destrui��o,
Um vagido de crian�a em plena desola��o.
Perpetua��o de vida, natureza, renascer.
A m�e a sorrir pega seu beb�, e a si pergunta:
... onde ir�s crescer?
Ana Maria Marya
24/08/2006
Ita/Ba/Brasil
Esse meu texto foi dedicado aos amigos libaneses, que sofrem at� hoje os horrores de uma guerra irracional!
E... a todos os povos que convivem com os desentedimentos de alguns!
Luz!!! Paz!!!
Paz!!!
Canto da Poesia