Olhar, embara�o.
Seguro l�grimas,
a caminhar sem compasso,
n�o existe cansa�o, espa�o,
que me detenha, contenha.
Sede intensa, sangue de a�o.
Apresso meu passo,
antes que termine o dia,
firme, espanto a solid�o,
que j� cedo chegaria.
Relva rasteira, ligeira,
sapatos ensopados,
feno, rosas, parreira,
nada � sujeira, bobeira.
Poeira, conflitos, cansa�o,
a desejar teu abra�o,
pra sentir teu amasso,
no beijo de morma�o.
Avan�o no caminhar,
cheiro agridoce, mato a exalar,
respirar gostoso, doce aspirar.
Desenfreada liberdade,
a pensar no prazer, viver,
f�ria desmedida, consentida,
�spero mar, tenro amar.
Chego ao destino,
antes do anoitecer.
Teu corpo me enla�a.
Louco avan�o!
Meu oceano.
Minha roupa escorrega,
teu olhar me embara�a,
percebes o incendiar,
envergonhada, sem gra�a,
novamente te lan�as.
N�o mais preamar.
Sou tua ca�a, �s ca�ador.
Cantas baixinho, azul amor.
Cheiro de calor, suave olor,
leva o vento, s�bio, confidente,
amor fogoso, outrora inocente.
Cheiro de corpos molhados,
Cheiro evidente, n�o mente!
Suor, suado, musgo arrancado.
Olhar orvalhado,
... amor vivenciado.
Ana Maria Marya
16/11/2007
Ita/Ba/Brasil