Hoje, voltas-me o rosto, se ao teu lado
passo. E eu, baixo os meus olhos se te avisto.
E assim fazemos, como se com isto,
pud�ssemos varrer nosso passado.
Passo esquecido de te olhar, coitado!
Vais, coitada, esquecida de que existo.
Como se nunca me tivesses visto,
como se eu sempre n�o te houvesse amado
Mas, se �s vezes, sem querer nos entrevemos,
se quando passo, teu olhar me alcan�a
se meus olhos te alcan�am quando vais.
Ah! S� Deus sabe! S� n�s dois sabemos.
Volta-nos sempre a p�lida lembran�a.
Daqueles tempos que n�o voltam mais!
Guilherme de Almeida
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