Can��o, silencio, amor
No profundo de mim mesma,
H� uma can��o triste,
Que habita meu ser,
Envolve meu cora��o.
Vive em minh`alma solit�ria.
Meus olhos revelam acordes silenciosos.
Meus dedos notas jamais tocadas.
Cintilam estrelas, minhas l�grimas.
Minha can��o, meu sil�ncio,
Ecoa apenas em sonhos,
Afasta-se de mim ao despertar.
Can��o, amor, dor.
Tem o perfume das flores,
Nem o rouxinol a canta no alvorecer.
Meu amor, o vento distanciou,
Tenho febre, sede, fome.
O horizonte azul misturou,
Prata da saudade, ouro do poente.
No alvorecer, a aus�ncia, aperta o cora��o.
For�a bruta, estilha�os, fronteiras da carne.
Apelo � alma, revelo minha dor,
Paciente e mansa cobre-me de beijos.
Mergulho entre seixos, encontro pedras,
Corais, conchas, algas, moluscos.
Estrelas do meu mar.
Apanho p�rolas, quietude profunda,
Madrep�rolas, cristais de rocha.
Quero enfeitar-me, ficar bela, paix�o.
A esperan�a n�o me enfraquece.
Amo!
Amor �nico, permanente!
O vento cheira a prazer.
Vida, amor, meu querer.
Ana Maria Marya
25/12/2007
Ita/Ba/Brasil