N�o me detenhas
O sol declina,
N�o se distingue mar e c�u.
As ondas quebram-se
A derramar alvas sombras,
Em poss�veis cavernas sonoras.
Em seguida, rolam de volta,
A suspirar por sobre as pedras.
A �rvore sacode seus galhos,
Ao sopro do vento,
Uma chuva de folhas cai ao ch�o.
Acomodam-se em quietude.
Sombras escurecem o caule.
Vez por outra, uma folha seca,
Cai de um velho ninho.
Enquanto isso, parada,
Olho estranhamente as ondas.
Pare�o hipnotizada.
Olho e penso.
Deixa-me sonhar,
Espera o amanh�.
Tenho um cora��o no escuro,
Quero lev�-lo � luz,
Sondar seus abismos.
N�o quero assust�-lo,
N�o o desejo em gaiola.
Quero-o livre!!!
Quero-o livre � luz do sol,
A escutar o cantar dos p�ssaros,
Sentir o exalar das flores no espa�o.
N�o me amedrontes ondas do meu mar.
Quero a liberdade,
N�o me intimides o caminhar.
Deixa-me liberta,
L�grimas agu�aram minha vis�o.
Evita-me a dor, n�o me segures.
Sinto a terra cheia de rosas,
Trilha do amor, perfumada.
Vou seguir.
N�o me detenhas com a suave m�sica
Do marulhar das �guas.
Onda amiga deixa-me liberta-me..
Corpos seguem leis desconhecidas,
A vida me chama!
Amor.
Ana Maria Marya
05/01/2008
Ita/Ba/Brasil