Visualizo na mem�ria enternecida,
o sonho, que o tempo n�o apagou.
A casinha da colina, coberta pela hera,
brisa, relva molhada, orvalhada,
manh�s frias, janelas sempre cerradas.
Alma, cria��o, vibra��o palpitante,
som da terra m�e, verdejante.
Flores nas janelas, simples belas,
margaridas, junquilhos, brom�lias.
Pensamento na esteira do tempo,
torrente de saudade voa.
Alma louca, aus�ncia, dor alucinante.
Abro a janela do imaginar,
grito �s flores por mim semeadas:
Onde est� meu amor?
Em que lugar se deixou?
Foram-se meus dias de felicidade.
Sonhos de venturas frementes,
momentos marcados, inflamados.
Perfume suave, sentir sutil.
Elos para sempre engatilhados.
Uma l�grima meu rosto molha,
protejo meu corpo abandonado,
no silencio, um grito desesperado,
assobia o vento tresloucado.
Fantasia!...
O amor � passado!