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Narrativas de Plat�o: A conduta dos dez reis

A ilha de Poseidon foi assim dividida em dez reinos, entre os quais o reino fundado por Atlas, a Atl�ntida propriamente dita, tinha a supremacia. Cada rei exercia o poder na parte que lhe cabe, mas a autoridade dos reis uns sobre os outros e suas rela��es eram reguladas pelos decretos de Poseidon. Os reis a� se reuniam a cada cinco, ou a cada seis anos, fazendo alternar regularmente os anos pares e os anos �mpares para deliberar sobre os afazeres comuns, decidir se qualquer um dentre eles cometeu qualquer infra��o e julgar. Quando precisavam administrar alguma justi�a, mutuamente, seguiam a seguinte forma, segundo as narrativas:

�Soltavam-se touros no lugar sagrado de Poseidon. Os dez reis, deixados s�s, ap�s ter rogado ao deus para lhes fazer capturar a v�tima que lhes seria agrad�vel, punham-se a ca��-la, sem armas de ferro, somente com chu�os de madeira e redes. Aquele dos touros que fosse apanhado, levavam-no a estela e o faziam degolar em cima dela, como era prescrito.

Sobre a estela, al�m das leis, estava gravado o texto de um juramento que proferia os an�temas mais terr�veis contra quem o violasse. Depois de efetuarem o sacrif�cio conforme suas leis e consagrarem todas as partes do touro, enchiam de sangue uma cratera e aspergiam com um grumo deste sangue a cada um deles. O resto, lan�avam ao fogo, depois de haverem feito purifica��es em torno da estela. Em seguida, tomando sangue com ta�as de ouro, na cratera, e vertendo-o no fogo, fazem o juramento de julgar em conformidade com as leis inscritas sobre a estela, castigar quem quer que as tenha violado anteriormente, n�o infringir voluntariamente, para o futuro, nenhuma das f�rmulas da inscri��o, e s� comandar e obedecer em conformidade �s leis de seus pais. Cada um toma essa obriga��o por si mesmo e para toda sua descend�ncia.

Depois, bebiam o sangue e remetiam a ta�a ao santu�rio do deus. Ap�s o que, tomavam uma refei��o e ocupavam-se das outras obriga��es necess�rias. Quando vinha a noite, esfriado o fogo dos sacrif�cios, todos vestiam belas roupas de azul sombrio e sentavam-se no ch�o, sobre as cinzas de seu sacrif�cio sacramental. Ent�o, a noite, depois de extintas todas as luzes em torno do santu�rio, julgavam e sofriam julgamento, se um deles houvesse acusado outro de ter cometido qualquer infra��o. Feita a justi�a, gravavam suas senten�as sobre uma t�bua de ouro, que consagravam, como recorda��o, assim como suas roupas.�







Comentários
/luzdomundo em 18/01/2014 �s 00:04 disse:
Boa Noite Amar � ter um p�ssaro pousado no dedo. Quem tem um p�ssaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar� Rubem Alves

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/atlantida
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