Carta de amor de Alexander Pope para Martha Blount.
"Divinissima,
Constitui prova da minha sinceridade para contigo o fato de escrever ap�s beber como prepara��o para dizer a verdade; e com certeza uma carta escrita ap�s a meia noite deve estar repleta desse nobre ingrediente. O cora��o aquecido pelo vinho e por ti deve ter uma abund�ncia de chamas: o vinho desperta e expressa as paix�es emboscadas na mente assim como o verniz destaca as cores ocultas em uma pintura, ressaltando toda a sua radiancia natural. Em todas as horas de sobriedade do passado, minhas boas qualidades foram t�o congeladas e aprisionadas em uma constitui��o doentia que me causa muito espanto encontrar em mim tanta virtude, agora que estou embriagado.
Nesses transbordamentos do meu cora��o, agrade�o-te pelas duas cartas graciosas com que me favoreceste nos dias 18 e 24 do m�s corrente. A que principia por "Meu encantador sr. Pope!" me trouxe inexprim�vel prazer; por fim, derrotaste completamente tua irma nessa conquista. Eh verdade que n�o �s bela, visto que �s uma mulher que pensa n�o se-l�, mas a boa vontade e a ternura que nutres por mim tem um encanto irresist�vel. O rosto que estava adornado por sorrisos mesmo quando n�o pode assistir a coroa��o (de George I, em setembro de 1714) s� pode ser cativante. Imagino que n�o v�s exibir esta carta por vaidade, como tenho certeza que tua Irma faz com tudo que lhe escrevo.
HAHAHAHA coitadinho mandava as cartas para a amada dele e a irma
dela olhava e lia tudo que lastima de irma.