Perder uma ilus�o torna-nos mais s�bios
do que encontrar uma verdade.
DOCE ILUS�O
Numa linda tarde de Agosto,
O sol, quase posto,
A praia estava deserta...
Pus-me a caminhar,
Sozinha, pela beira mar,
Que nem uma ave que se liberta.
Enquanto as ondas desmaiavam
Nos bra�os da areia fina,
Os meus pensamentos buscavam
A tua imagem cristalina.
Ao sabor do c�ntico do mar,
Lentamente, pela praia, deslizo,
Embriagada pelo recordar
Da do�ura do teu sorriso.
Repentinamente, come�o a ver
Algu�m ao fundo da praia, ent�o.
Eras tu! Que vinhas a correr
De bra�os abertos em minha dire��o.
Caminhamos de m�os dadas
Que nem duas crian�as que sonhavam,
Deixando na areia marcadas
A ternura das pegadas,
De dois cora��es que se amavam.
Corri � tua frente...
Tu corrias atr�s de mim!
Rebolamos na areia quente...
Havia dentro da gente
Uma loucura sem fim.
J� cansados, nos sentamos.
Por momentos, nos olhamos...
Entre a bruma da magia!
Nossos cora��es forte batiam
E os nossos olhares refletiam
O imenso amor que nos unia.
Encantada pelos olhos teus,
Senti teus l�bios ro�arem os meus!
Em sonhos me perdi...
Horas depois, despertei...
Eis que, � minha volta, olhei
E j� n�o estavas ali.
Meu olhar percorreu
Aquela praia em triste pranto.
Mas, como que por encanto,
A tua imagem desapareceu.
Percebi, tristemente,
Que ali n�o tinhas estado,
Que a brisa, que soprava levemente,
Meus l�bios tinha beijado.
Uma brisa vinda do mar,
Que por momentos me fez acreditar,
Numa real sensa��o...
Mas, meu cora��o desanimado
logo viu, que tudo n�o tinha passado
De uma "Doce Ilus�o".
(A.D)
A vida � feita de sonhos,
Pedacinho por pedacinho,
Preto e branco, colorido...
Alguns realizados,Outros que ficaram
pelo caminho,Interrompidos, imaginados, perdidos...
A verdadeira medida do tempo n�o � o rel�gio.
A verdadeira medida do tempo se chama esperan�a.