Travessuras
De m�os dadas os pequeninos
De almas puras e cora��o gentil,
Da primeira emo��o,
De sentir, palpitar no cora��o,
O gosto da primeira vez que fugiram.
Descendo sozinhos pelo caminho
Sempre de m�os dadas estavam
Cada qual velando um pelo outro
Com cuidado que nenhum se perca,
Como guia e amparos usavam,
Os fios paralelos da cerca.
De cal�as curtas e p�s no ch�o
Caminhavam desconfiados, irm� e irm�o,
Sempre olhando pros lados,
Num singelo caminhar a dois,
N�o desgrudavam os olhos,
Dos olhares repressivos dos bois.
O ribeir�o de divisa
De um lado pro outro,
Era dif�cil atravessar,
Uma pinguela balan�ante,
Fez suas pernas tremular,
Vencer o medo era preciso,
Para que fosse poss�vel,
Na casa da madrinha chegar.
Nas inocentes brincadeiras,
Nem vira o tempo passar,
N�o podiam imaginar,
O desespero da sua pobre m�e,
Que de preocupa��o se punha a chorar,
Dizendo com o cora��o apertado,
Quando aqueles dois pirralhos cegarem
Uma boa sova eu vou lhes dar.
Bem tarde j� cansados,
Para casa vinham voltando,
Traziam na m�o um agrado,
Um punhado de cheiro verde,
Pela madrinha mandado,
Entregaram com um sorriso contente,
Mas de nada adiantou o presente,
Pela m�e os dois foram sovados.