O sul rio-grandense, ou mais popularmente conhecido como gaúcho (e aqui encerramos este assunto, também, por ser por demais extenso e estudado) sofreu influências étnicas espanholas, lusitanas e indígenas que gerou um folclore próprio regional como não é visto ou vivido em nenhum outro Estado brasileiro. A música sul rio-grandense são poemas musicados de amor e paixão, verdadeiras odes à mulher (prenda), aos filhos (crias), à família, à lida campeira (aí incluídos os animais companheiros do gaúcho, o cusco e o pingo) e ao brio e orgulho que ele tem de suas origens, lutas, derrotas e vitórias.
Tendo tudo isso por perto, o gaúcho se enfeita que nem carroça de cigano, fica faceiro que nem mosca em rolha de xarope, fica mais metido que dedo em nariz de piá, não se importa que a festa seja mais comprida que trova de gago e fica tranquilo que nem cozinheiro de hospício.
Para o gaúcho, não existe festa completa sem a presença da família e dos amigos, e a semana farroupilha é a personificação de todas estas alegrias pois tem a família, a tradição, o churrasco, o mate amargo e a música reunidas num só momento, pois como diria um gaúcho loco de bagual chamado Albert Einstein “Além das aptidões e das qualidades herdadas, é a tradição que faz de nós aquilo que somos”.