O ECLIPSE




Extravasam tuas palavras em enxurros
Dos olhos ao mar, as letras emaranhadas
Do l�quido ao vapor, em n�meros transformadas
Talvez complexos, ou inc�gnitos de t�o l�gico, certo,
J� que o barulho se espargindo em sussurros
� apenas o sil�ncio almejando ser liberto.

Digo pois: eu quem pe�o liberdade, caro amado,
Desde quando a lua anoiteceu a minha vida.
N�o me deixes ir e rogar por nossa despedida
Em busca do sol escondido neste eclipse
Ent�o venha, por favor. Senta-te ao meu lado.
Apaga esta dist�ncia constante : a elipse.

Disfar�a a todos, n�o a mim, o teu tormento
Porque do aflito que aflige a minha gra�a
Distribu� o riso para aquele que passa
E ingeri o pranto para dentro de minha alma
Alvo das tuas frases mudas que alimento
E da recorda��o que me flecha, mas me acalma.

Ah! Deixa te conduzir o amor verdadeiro!
Amar n�o requer raz�es , nem teoremas,
Pois o sentimento espelhado em meus poemas
Reflete mesmo com a tua aten��o teimosa em ausentar
Se insistes em ser como a lua, longe do terreiro,
S� como aquela, profunda, que mergulha na �gua do mar.
(Tha�s Copetti)