Se o sil�ncio � feito de vidro
o grito aprisionado,
talvez seja...
O rio onde hoje me deito
e permane�o,
flutuante,
Como se dormisse entre nen�fares,
E escorregadios travesseiros de peixes.
N�o sei porque me demoro,
insistentemente... veementemente...
Nesta inquietude que me apedreja.
Sei, unicamente,
que por mais que o des�nimo me afunde
Nesse rio de �ngremes encostas
de precip�cios inesperados,
Reergo-me nos coxear das r�s
Nas nascentes borbulhantes da mente
Como se o teu olhar profundo
Desmaiasse nos meus, num afago,
Para o iluminarem de novo!
V�ny Ferreira