Meu anjo, escuta: quando junto � noite
Perpassa a brisa pelo rosto teu,
Como suspiro que um menino exala;
Na voz da brisa quem murmura e fala
Brando queixume, que t�o triste cala
No peito teu?
Sou eu, sou eu, sou eu!
Quando tu sentes lutuosa imagem
D"aflito pranto com sombrio v�u,
Rasgado o peito por acerbas dores;
Quem murcha as flores
Do brando sonho? � Quem te pinta amores
Dum puro c�u?
Sou eu, sou eu, sou eu!
Se algu�m te acorda do celeste arroubo,
Na amenidade do sil�ncio teu,
Quando tua alma noutros mundos erra,
Se algu�m descerra
Ao lado teu
Fraco suspiro que no peito encerra;
Sou eu, sou eu, sou eu!
Se algu�m se aflige de te ver chorosa,
Se algu�m se alegra co"um sorriso teu,
Se algu�m suspira de te ver formosa
O mar e a terra a enamorar e o c�u;
Se algu�m definha
Por amor teu,
Sou eu, sou eu, sou eu!