AO len�ol branco cobre devaneios apaixonantes.
� como um v�u que separa a loucura da dorm�ncia,
mas junta duas figuras, dois seres amantes,
numa partilha de afectos e ternura sem igual.
E os dois corpos escondem-se por entre o branco,
agitados no desejo de ter e mais querer,
e soltam risadas, suspiros, gemidos, gritos,
enquanto se enrolam e festejam a uni�o carnal.
E formam-se l�nguas de fogo ati�adas pela paix�o,
labaredas que queimam, mas n�o ardem,
nem desvanecem, nem amanhecem.
Pois uma teia formou-se entre os dois corpos,
colando-os, unindo-os e abra�ando-os com do�ura,
como um �man que atrai paix�o e amor.