"N�o perca de vista jamais o belo horizonte da toler�ncia.
Embora n�o concorde, seja tolerante com tudo e com todos.
A toler�ncia � a prova dos nove da intelig�ncia.
A toler�ncia � a filha da d�vida, irm� da paci�ncia e m�e da sabedoria.
O tolerante conquista. O intolerante avassala.
O intolerante n�o perdoa os peixes por nadarem ou as aves por voarem.
O intolerante fere. O tolerante, podendo ferir, sequer desembainha a arma.
A intoler�ncia contr�i � sua imagem e semelhan�a. A toler�ncia o faz � imagem e semelhan�a dos demais.
A toler�ncia seca o medo.
A toler�ncia chega a sentar-se entre a necedade (ignor�ncia crassa) e a soberba.
Ser tolerante (ser s�bio), querida menina, � imitar o trigo: quando amadurece, abaixa a cabe�a e humilha-se.
Ser tolerante (ser s�bio) � lidar com o infinito sem perder o sorriso.
Ser tolerante (ser s�bio) � olhar as estrelas e rir de si mesmo. O intolerante, por sua vez, olha as estrelas e ri delas.
Ser tolerante (ser s�bio) � caminhar apoiado em poucas certezas, carregando uma tonelada de d�vidas.
Ser tolerante (ser s�bio) � perder, aparentemente.
Ser tolerante (ser s�bio) � ficar desnorteado a cada passo.
Ser tolerante (ser s�bio), mais do que saber, � intuir.
Ser tolerante (ser s�bio) � intuir e admitir que somos o "dezmilion�simo do bilion�simo do bilion�simo do bilion�simo" de "quase nada".