J� vai longe a madrugada
Do meu querer amortecido
Anda nesta cavalgada
O meu ser entontecido
N�o encontro nestes versos
Sentido nem direc��o
Meus olhos andam dispersos
Noutros focos de aten��o
N�o devo sonhar alto
Como se estivesse j� morto
Meu corpo f�sico anda falto
De descanco e de conforto
Deitado a sombra do sobreiro
Durmo na for�a do calor
Sonho com um Manso Pinheiro
Sereno de mag�stico valor
No meio da copa redondinha
Deste Pinheiro acolhedor
Um casal de rolas s"aninha
Num momento libertador
Acordo com os guizos das cabras
Que v�o p"la "strada acima
Parecem umas sombras macabras
Com o luar que se aproxima
Vou continuando a jornada
P"la estrada da vida fora
Meu destino � uma morada
Onde a poesia ainda mora
Sinto o cheiro da maresia
Olho para o mar e n�o me canso
Neste lugar acontece Poesia
Junto daquele Pinheiro Manso
Oh! Meu Pinheiro junto ao mar
Onde as rolas fazem o ninho
� no poente que eu vou encontrar
A felicidade pelo caminho.