Alguns grandes homens deixam ap�s si uma legenda que os rodeia com uma
luz especial, arquetipizando seus feitos e suas gl�rias. Um desses foi Godofredo de Bouillon,
o conquistador e fundador do Reino Latino de Jerusal�m.
�A legenda logo se apoderou deste possante e terno senhor do
pa�s val�o para torn�-lo o arqu�tipo do cruzado� Ap�s sua morte,
tornou-se her�i de can��es de gesta, como o tinham sido antes dele
o famoso Carlos Magno e Roland.
Filho de Eust�quio, conde de Boulogne, e de Ida, filha de Godofredo o Barbudo,
duque da Baixa Lorena e de Bouillon, Godofredo pertencia a uma antiga
fam�lia que alegava ter Carlos Magno entre seus ancestrais.
Ele era �geralmente estimado, reto, valoroso, manso, casto, devoto, humano,
de formoso aspecto e elevada estatura, cabelos ruivos�, e �� retratado
como o perfeito tipo do cavaleiro crist�o. Alto de estatura,
com um porte agrad�vel e com uma maneira t�o cort�s,
�que parecia mais um monge do que um guerreiro��.
Era �tido por t�o bom guerreiro quanto fervoroso crist�o�.
Sua for�a era proverbial. Narram as cr�nicas que,
com um s� golpe de espada, ele partiu um guerreiro �rabe de alto abaixo, em duas partes iguais.
Godofredo, o Cruzado: in�cio da epop�ia
� morte do tio Godofredo III, o Corcunda, em 1076, dele herdou o condado
de Verdun e a Marca de Anvers. Mais tarde, em 1089, o Imperador Henrique
IV cedeu-lhe em vassalagem o Ducado da Baixa Lorena. Godofredo seguiu o
Imperador, tornado seu suserano, na Guerra das Investiduras e
em sua in�qua expedi��o contra o Papa S�o Greg�rio VII, entrando em Roma em 1084.
Segundo alguns, para expiar esse pecado, Godofredo foi dos primeiros a tomar
a cruz por ocasi�o do apelo do papa Urbano II, em 1096,
juntamente com seus dois irm�os, Baldu�no e Eust�quio.
Para financiar sua campanha, ele vendeu ou empenhou
v�rios de seus estados, reunindo, com seus irm�os, 80 mil guerreiros.
Seu ex�rcito era composto em sua maioria de val�es e flamengos.
Como ele falava correntemente ambas as l�nguas, por ter nascido
na fronteira dessas duas na��es, servia de �rbitro entre as querelas nacionalistas desses povos.
Os v�rios pr�ncipes cruzados seguiram, com seus respectivos ex�rcitos,
diferentes percursos para a Terra Santa, combinando reunir-se
em Constantinopla. Godofredo e os franceses do norte seguiram
seu caminho com severa disciplina, pela Alemanha, Hungria e Bulg�ria,
chegando �s portas da capital do Imp�rio do Oriente.
Brado �Deus o quer�� vit�ria de Godofredo
Foi ent�o que Boemundo, pr�ncipe de Tarento, convidou
Godofredo a unirem seus ex�rcitos para atacar o Imperador bizantino
Aleixo, �Godofredo, que era demasiado honrado, n�o quis lutar contra crist�os,
e temeu esgotar as for�as de seu ex�rcito antes de enfrentar os infi�is�.
Depois de muitas negocia��es, Godofredo prestou juramento de fidelidade
a Aleixo, embora com restri��es, e levou outros a faz�-lo. Mas alguns pr�ncipes
recusaram-se a prestar o juramento, pois os francos menosprezavam os gregos.
Em 1097 deu-se o cerco de Nic�ia, afirmando alguns que nele Godofredo
n�o teve qualquer destaque especial; e outros, que foi �s� quando a divis�o
comandada por Godofredo se acercou, com o clamor do trov�o �Deus o quer!�,
que se decidiu a renhida batalha em favor dos crist�osOs cruzados tomaram
depois Edessa, formando um principado do qual Baldu�no, irm�o de Godofredo,
se tornou o senhor, derrotando os turcos de v�rias fortalezas.
Bom essa � uma parte da historia, nao do castelo em si mas do dono do Castelo.