S�o Miguel Arcanjo





S�o Miguel Arcanjo, cujo nome significa �Quem
como Deus�, � considerado o chefe dos ex�rcitos celestiais. Seu nome �
citado tr�s vezes na B�blia Sagrada:


No Cap�tulo 12, 1; do livro de Daniel, onde lemos: ï¿½Naquele
tempo, surgir� Miguel, o grande chefe, o protetor dos filhos do seu
povo. Ser� uma �poca de tal desola��o, como jamais houve igual desde que
as na��es existem at� aquele momento. Ent�o, entre os filhos de teu
povo, ser�o salvos todos aqueles que se acharem inscritos no livro.�


No Cap�tulo 12,7-9; do Livro do Apocalipse encontramos o seguinte: �Houve
uma grande batalha no c�u. Miguel e seus anjos lutaram contra Satan�s e
suas legi�es, que foram derrotadas, e n�o houve lugar para eles no c�u.
Foi precipitada a antiga serpente, o diabo, o sedutor do mundo. Ai da
terra e do mar, porque o dem�nio desceu a v�s com grande ira, sabendo
que lhe resta pouco tempo.�


Na Carta de S�o Judas 1,9; l�-se: �Ora, quando o
arcanjo Miguel discutia com o dem�nio e lhe disputava o corpo de
Mois�s, n�o ousou fulminar contra ele uma senten�a de execra��o, mas
disse somente: Que o pr�prio Senhor te repreenda!�


Por isso S�o Miguel � mostrado atacando o drag�o infernal.


A Igreja Cat�lica, baseando-se nas Sagradas Escrituras, na heran�a
judaica e nos escritos dos Santos Padres, cr� na exist�ncia dos anjos,
como afirma o pr�prio Catecismo: �A exist�ncia dos seres
espirituais, n�o-corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente
de anjos, � uma verdade da f�. O testemunho da Escritura a respeito �
t�o claro quanto a unanimidade da Tradi��o.�
(CIC, 328). O
desenvolvimento da angeologia (estudo dos anjos) na Igreja Cat�lica
aconteceu principalmente no per�odo dos padres apost�licos, quando a f�
crist� se viu amea�ada em sua pureza por diversas heresias.


O confronto mais rigoroso entre o cristianismo e a filosofia
neoplat�nica estimulou Agostinho e o Pseudo-Dion�sio a aprofundar a
doutrina tradicional sobre a natureza e a fun��o dos anjos. O
Pseudo-Dionisio, autor desconhecido do s�culo VI, apoiando-se em Proclo,
dividiu os anjos em nove coros, hierarquizando-os em tr�s tr�ades de
dignidade crescente:

- 1� hierarquia � Serafins, Querubins e Tronos;

- 2� Hierarquia � Domina��es, Pot�ncias e Virtudes;

- 3� Hierarquia � Principados, Arcanjos e Anjos.

Tal nomenclatura celeste aparece em alguns textos escritur�sticos, a saber:

Ef�sios 1, 21 e Colossenses 1, 16.


A Igreja Cat�lica tem uma grande devo��o por S�o Miguel Arcanjo,
especialmente para pedir-lhe que nos livre das ciladas do dem�nio e dos
esp�ritos mal�ficos. E quando o invocamos, ele nos defende, com o grande
poder que Deus lhe concedeu, e nos protege contra os perigos, as for�as
do mal e os inimigos.


Essa hierarquia celeste, em parte, � tamb�m encontrada no Missal
Romano no pref�cio dos anjos: �Pelo Cristo vosso Filho e Senhor nosso,
louvam os Anjos a vossa gl�ria, as Domina��es vos adoram, e reverentes,
vos servem Potestades e Virtudes. Concedei-nos tamb�m a n�s associar-nos
� multid�o dos Querubins e Serafins, cantando a uma s� voz�.


Juntamente com S�o Gabriel e S�o Rafael, S�o Miguel faz parte do Coro dos Arcanjos, e seu dia � comemorado em 29 de setembro.


A Igreja Cat�lica tem em alto conceito a devo��o aos Santos Anjos.
Acredita na sua exist�ncia que � provada por muitas cita��es b�blicas,
tanto no Antigo como no Novo Testamento. Sabe e ensina, que os anjos,
como Santos mensageiros de Deus, desempenham uma miss�o especial em
nosso favor. S�o defensores, do corpo e da alma, em todos os perigos,
principalmente na hora da morte.


Como um dos primeiros, sen�o o primeiro e mais eminente dos esp�ritos
celestiais, os livros sagrados nos apresentam S. Miguel. O profeta
Daniel d� a S. Miguel o t�tulo de Pr�ncipe dos Anjos, e a Igreja
enumera-o entre os arcanjos. Seu nome tem o significado de �Quem � como
Deus ?� pois foi S. Miguel que se p�s � frente dos anjos fi�is contra
L�cifer, o chefe dos anjos rebeldes, em defesa da autoridade de Deus. S.
Miguel, por tanto, � um esp�rito guerreiro, arauto de Deus, e Pr�ncipe
dos ex�rcitos celestiais. A arte crist� o apresenta como tal, em
armadura brilhante, com lan�a e espada, em v�o como de mergulho se
precipitando sobre o drag�o infernal, e, fortemente o investindo,
fazendo-o sentir o vigor irresist�vel do p� vitorioso, arremessa-o �s
profundezas do inferno.


S. Miguel pelos judeus era havido como protetor do povo eleito.
Segundo o Ap�stolo S. Judas (v. 9.) o cad�ver de Mois�s estava entregue
aos cuidados do arcanjo. Foi este mesmo arcanjo, quem apareceu a Josu�
antes da tomada de Jeric� e lhe prometeu seu aux�lio; foi S. Miguel que
defendeu os israelitas contra as hostes de Senacherib, desbaratando-as;
foi ainda S. Miguel, quem se op�s a Balaam, quando ia amaldi�oar o povo
de Deus. Heliodoro experimentou a for�a vingadora do arcanjo, quando se
aparelhou para praticar o roubo sacr�lego do templo. (2. mac. 3, 25).


Da sinagoga e do povo eleito a miss�o de S. Miguel se transferiu �
Igreja de Cristo. Numerosas s�o as suas apari��es registradas na
hist�ria da Igreja. Seu nome � mencionado v�rias vezes no sacrif�cio da
Santa Missa. No �Confiteor� o sacerdote se dirige ao arcanjo S. Miguel, e
invoca sua intercess�o junto de Deus. Sobre o incenso, na missa solene �
invocado seu nome. Ao Santo anjo, isto �, a S. Miguel o sacerdote logo
depois da consagra��o se dirige, com o pedido de levar o santo
sacrif�cio ao altar sublime de Deus. Terminada a missa rezada, em uma
ora��o especial o povo pede a S. Miguel qu