Voz que se cala
Amo as pedras, os astros e o luar
Que beija as ervas do atalho escuro,
Amo as �guas de anil e o doce olhar
Dos animais, divinamente puro.
Amo a hera que entende a voz do muro
E dos sapos o brando tilintar
De cristais que se afogam devagar,
E da minha charneca o rosto duro.
Amo todos os sonhos que se calam
De cora��es que sentem e n�o falam,
Tudo o que � Infinito e pequenino!
Asa que nos protege a todos n�s!
Solu�o imenso, eterno, que � a voz
Do nosso grande e m�sero Destino!...
Amo as pedras, os astros e o luar
Que beija as ervas do atalho escuro,
Amo as �guas de anil e o doce olhar
Dos animais, divinamente puro.
Amo a hera que entende a voz do muro
E dos sapos o brando tilintar
De cristais que se afogam devagar,
E da minha charneca o rosto duro.
Amo todos os sonhos que se calam
De cora��es que sentem e n�o falam,
Tudo o que � Infinito e pequenino!
Asa que nos protege a todos n�s!
Solu�o imenso, eterno, que � a voz
Do nosso grande e m�sero Destino!...
Florbela Espanca