A vida nos imp�e muitos limites. E como se isso n�o bastasse, passamos grande parte da nossa exist�ncia confinados em limites que n�s mesmos nos impomos. Constru�mos muitas muralhas e cercas interiores; aprisionamos a nossa alma e a impedimos de expressar sentimentos e vivenciar boas emo��es. Cerceamos a nossa pr�pria liberdade.
Colocamos, n�s mesmos, freios em muitas �reas importantes da nossa vida. Tornamo-nos especialistas em conten��o, em racionamento. J� n�o basta a curta exist�ncia que nos resta sobre a terra, e ainda nos permitimos viver racionando a alegria, a esperan�a e a liberdade. Isso � impor � exist�ncia um sacrif�cio desnecess�rio.
Nossa medida de amar � muito pequena. Expressamos pouco o nosso amor, sobretudo para com pessoas especiais do nosso conv�vio. Essa limita��o do amor � verdadeira at� para com n�s mesmos. Nossa auto-estima anda muito abaixo da m�dia.
J� n�o suportamos as pessoas como antes. Nossa toler�ncia para com as fraquezas dos outros anda a zero. Qualquer desaven�a � motivo de sobra para o rompimento com relacionamentos significativos. A intoler�ncia � como o embri�o do �dio: desfaz os la�os mais sagrados, faz sofrer a fam�lia, os amigos, e a n�s mesmos.
O excesso de intoler�ncia denuncia a escassez de humildade e compaix�o que h� em n�s. Ao mesmo tempo, exp�e o ego�smo e o orgulho que armazenamos no cora��o. Viver assim � viver pobremente, com as prateleiras da alma vazias.
Geralmente, nossos atos de justi�a, solidariedade, amor e nossos gestos de benevol�ncia est�o muito aqu�m da nossa capacidade de realiza��o. H� muitas coisas boas em n�s, como sentimentos, atitudes e palavras que andam adormecidas e precisam transbordar. O ap�stolo Tiago diz: �Quem sabe fazer o bem e n�o faz, comete pecado�..
Em tempos de crise, at� a f� sofre racionamento. � mais f�cil fugir dos problemas e dizer pra� si mesmo: �n�o h� mais nada a fazer�, do que exercitar uma f� que ultrapasse os limites da racionalidade.. A f� verdadeira n�o admite cotas, e nem conhece limites; ela � sempre imensur�vel. O que precisamos � deter a incredulidade, isto sim. Nossa capacidade de crer vai determinar aonde deveremos chegar.
Diariamente, de maneira abundante, Deus derrama sobre n�s a sua gra�a e a sua miseric�rdia. N�o h� limites para o seu amor, nem freios na sua disposi��o em perdoar. Que tal aferirmos a nossa vida pelas medidas de Deus? Deus n�o tem cotas. Tudo nEle transborda; tudo nEle � plenitude.
Jesus disse: �Eu vim para que tenham vida, e vida em abund�ncia�. � bem melhor viver sem impor cotas � alma; sem racionar os sentimentos bonitos que brotam dentro de n�s, e reclamam um espa�o no cora��o. Isso � viver transbordando em si mesmo. � vida cheia de gra�a e de sentido. � plenitude.
AD
"Veio, por�m, a lei para que a ofensa abundasse;
mas, onde o pecado abundou, superabundou a gra�a;"
(Romanos 5 : 20)