A vida do crist�o deve refletir sempre e em qualquer circunst�ncia o quanto ele � agradecido por todas as b�n��os de Deus em sua vida. Expressar-se em agradecimento a Deus � uma atitude tipicamente crist�, ao menos deveria ser. A b�blia afirma que o homem n�o regenerado, embora possua o conhecimento de Deus, n�o Lhe rende gra�as (Rm 1.21) mas n�o deve ser assim com o crente. Ele tem muitos e inumer�veis motivos para expressar gratid�o a Deus. E esse era o caso dos Tessalonicenses, eles tinham muitos motivos pelos quais deveriam agradecer a Deus, como veremos a seguir:
1) Operosidade da f� no original grego " tou ergou tes pisteos"( 1.3). Literalmente podemos dizer que eles puseram a f� em pr�tica, ou melhor, tinham uma f� que os fazia agir , que realizava. Paulo via aqui um dos primeiros motivos pelos quais devia d� gra�as: Os Tessalonicenses possu�am uma f� verdadeira. Essa f� n�o apenas tornava-os crist�os de fato, na pr�tica, como tamb�m tornava-os crentes-modelos(1.7)
2) No mesmo contexto da operosidade da f�, Paulo reconhece um segundo motivo pelo qual deveria dar gra�as a Deus. " A abnega��o do vosso amor e da firmeza da vossa esperan�a"(1.3) no grego " kai tou kopou tes agapes kai tes hupomones tes elpidos". O termo KOPOU utilizado aqui por Paulo para se referir a ABNEGA��O, significa, TRABALHO. Esse termo difere de ERGON, especificamente em um motivo, ergon � um tipo de a��o f�cil e agrad�vel, j� KOPOU, significa atos, a��es que se realizam em meio a muitas tribula��es. Talvez por isso, Paulo falasse de firmeza da esperan�a (kai tes hupomones tes elpidos), para indicar que mesmo submetidos a afli��es e tormentos os crentes tessalonicenses se mantinham firmes na f�. O trabalho que esses irm�os realizavam para Deus era em meio a muitas afli��es, todavia, existia neles uma confian�a que n�o esmorecia. Por essa raz�o Paulo d� gra�as a Deus.
3) A terceira raz�o pela qual Paulo d� gra�as a Deus, refere-se a elei��o ou a vossa elei��o (1.4) no grego
" Eklogen humon". O ap�stolo estava convencido que entre os Tessalonicenses havia indiv�duos escolhidos, que literalmente provaram da gra�a de Deus. Paulo n�o tinha d�vida alguma a essa respeito, e a raz�o para tal era, os Tessalonicenses s� podiam fazer o que faziam se de fato houvessem provado da gra�a genu�na de Deus(1.6,9). Esse era tamb�m um dos motivos pelo qual Paulo dava gra�as.
4) A quarta raz�o pela qual Paulo d� gra�as a Deus � : que tendo v�s recebido a palavra que de n�s ouvistes, que � de Deus, acolhestes n�o como palavras de homens"(2.13). O discernimento dos Tessalonicenses deixa claro que eles tinham t�mpanos ovelinos. Ouviram a palavra pregada por Paulo, e entenderam tratar-se DE PALAVRA DE DEUS. Somente ovelhas podem detectar a voz do bom pastor! Se n�o houvesse em Tessal�nica eleitos capazes de discernir a prega��o de Paulo como sendo A PALAVRA DE DEUS, a miss�o do ap�stolo naquela cidade resultaria infrut�fera. Isso prova que a prega��o crist� nunca ser� uma exposi��o ao vazio, Deus tem seus escolhidos, eles responder�o a prega��o no momento certo, esse � tamb�m um motivo pelo qual devemos dar gra�as a Deus.
A recomenda��o: dai gra�as, com certeza reflete elementos que impregnavam a forma de Paulo fazer teologia, bem como motivava-o a fazer o que ele fazia. Esses elementos espelham 3 quest�es na rela��o crente/Cristo que n�o devemos jamais ignorar, a saber, o PODER, a VONTADE e os PLANOS de DEUS. Esses elementos aqui enunciados formam o fundamento e a raz�o Maior pelo qual o Crist�o deve d� gra�as, em tudo. Se n�o vejamos:
1) Seu Poder- Sendo Deus Todo-Poderoso, nada foge ao seu controle, tudo est� em submiss�o a Ele. Essa � uma verdade que o crente tem que evocar para si quando em momentos de dificuldades. Ele deve estar convicto que tudo que vier acontecer em sua vida n�o escapar� do controle divino. Tudo na verdade contribuir� para o seu bem:
TODAS AS COISAS COOPERAM PARA O BEM DOS QUE AMAM A DEUS(Rm 8.28). Todas as situa��es que acometem a vida do crente, est�o obrigadas por decreto divino a cooperar para o bem! Assim, devemos dar gra�as a Deus em Tudo.
2) Sua Vontade- Uma das formas de Deus expressa poder � por sua vontade!Quem em todo o universo poder� debelar esta vontade?, quem poder� impedi-la?, quem poder� anul�-la? Resposta, ningu�m! Nem nesse universo, nem em qualquer outro lugar! E por que ningu�m pode? Ningu�m pode, porque a vontade de Deus � sustentada por seu poder, como n�o h� algu�m t�o poderoso como ELE, nunca a sua vontade poder� ser detida ou impedida. Se creio assim, estou obrigado a d� gra�as a Deus em Tudo. Afinal, a vida do crente n�o provar� outra coisa , sen�o, aquilo que reflita a vontade do ETERNO!
3) Seus Planos- Deus � poder, esse poder � expresso em e com a sua vontade. Sua vontade confirma o seu poder e realiza os seus planos. Sobre isso, o pobre mortal n�o tem poder de compreens�o. Muitas vezes ignorarmos os planos de Deus e chegamos at� a duvidar do seu cuidado e prote��o. Chegamos a pensar que elementos estranhos e hostis � que est�o no comando! Mas isso n�o assim, Deus cumpre seus planos em nossas vidas, inclusive, usando elementos estranhos e hostis a n�s. Embora no momento n�o possamos compreender, em um tempo futuro reconheceremos que tudo fazia parte dos planos de Deus para as nossas vidas!
O ap�stolo tinha muitos motivos para d� gra�as a Deus pelos Tessalonicenses . Tomando o contexto da ep�stola como refer�ncia, como j� temos feito, veremos isso com muita clareza, a pr�pria prega��o de Paulo em Tessal�nica reflete isso. A passagem de Paulo ali foi muito conturbada (Atos 17.1-9), ele tem que fugir �s presas da cidade, para salvar a sua vida, todavia, Deus confirmou o seu trabalho (1Ts 3.6), por isso quando ele escreve esta ep�stola traz em seus l�bios e em seu cora��o uma palavra de agradecimento, afinal, mesmo em muitas tribula��es seu trabalho rendeu frutos.
Termino, oferecendo um resumo teol�gico que pode se inferido do enredo da Primeira ep�stola aos Tessalonicenses, qual seja:
1) Devemos dar gra�as por aquilo que Deus fez em n�s (elei��o) 1.4.
2)Devemos dar gra�as por aquilo que Deus faz atrav�s de n�s (evangeliza��o) 1.8.
3)Devemos dar gra�as por aquilo que Deus far� em n�s (glorifica��o) 4.16-17.
Autoria desconhecida.
Tome posse dessa ben��o.
N�O SEJAMOS MURMURADORES,
SEJAMOS AGRADECIDOS,
POR TUDO !!!"