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O CONFRONTO ENTRE O CRIADOR E A CRIATURA (J� CAP�TULOS 38 A 42) Parte 2
No cap�tulo 40 J� resolve responder, e o SENHOR prossegue por mais dois cap�tulos...
*Respondeu mais o SENHOR a J�, dizendo:
Porventura o contender contra o Todo-Poderoso � sabedoria? Quem arg�i assim a Deus, responda por isso.
Ent�o J� respondeu ao Senhor, dizendo:
Eis que sou vil; que te responderia eu? A minha m�o ponho � boca.
Uma vez tenho falado, e n�o replicarei; ou ainda duas vezes, por�m n�o prosseguirei.
Ent�o o Senhor respondeu a J� de um redemoinho, dizendo:
Cinge agora os teus lombos como homem; eu te perguntarei, e tu me explicar�s.
Porventura tamb�m tornar�s tu v�o o meu ju�zo, ou tu me condenar�s, para te justificares?
Ou tens bra�o como Deus, ou podes trovejar com voz como ele o faz?
Orna-te, pois, de excel�ncia e alteza; e veste-te de majestade e de gl�ria.
Derrama os furores da tua ira, e atenta para todo o soberbo, e abate-o.
Olha para todo o soberbo, e humilha-o, e atropela os �mpios no seu lugar.
Esconde-os juntamente no p�; ata-lhes os rostos em oculto.
Ent�o tamb�m eu a ti confessarei que a tua m�o direita te poder� salvar.
Contemplas agora o beemote, que eu fiz contigo, que come a erva como o boi.
Eis que a sua for�a est� nos seus lombos, e o seu poder nos m�sculos do seu ventre.
Quando quer, move a sua cauda como cedro; os nervos das suas coxas est�o entretecidos.
Os seus ossos s�o como tubos de bronze; a sua ossada � como barras de ferro.
Ele � obra-prima dos caminhos de Deus; o que o fez o proveu da sua espada.
Em verdade os montes lhe produzem pastos, onde todos os animais do campo folgam.
Deita-se debaixo das �rvores sombrias, no esconderijo das canas e da lama.
As �rvores sombrias o cobrem, com sua sombra; os salgueiros do ribeiro o cercam.
Eis que um rio transborda, e ele n�o se apressa, confiando ainda que o Jord�o se levante at� � sua boca.
Pod�-lo-iam porventura ca�ar � vista de seus olhos, ou com la�os lhe furar o nariz?
Poder�s tirar com anzol o leviat�, ou ligar�s a sua l�ngua com uma corda?
Podes p�r um anzol no seu nariz, ou com um gancho furar a sua queixada?
Porventura multiplicar� as s�plicas para contigo, ou brandamente falar�?
Far� ele alian�a contigo, ou o tomar�s tu por servo para sempre?
Brincar�s com ele, como se fora um passarinho, ou o prender�s para tuas meninas?
Os teus companheiros far�o dele um banquete, ou o repartir�o entre os negociantes?
Encher�s a sua pele de ganchos, ou a sua cabe�a com arp�es de pescadores?
P�e a tua m�o sobre ele, lembra-te da peleja, e nunca mais tal intentar�s.
Eis que � v� a esperan�a de apanh�-lo; pois n�o ser� o homem derrubado s� ao v�-lo?
Ningu�m h� t�o atrevido, que a despert�-lo se atreva; quem, pois, � aquele que ousa erguer-se diante de mim?
Quem primeiro me deu, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que est� debaixo de todos os c�us � meu.
N�o me calarei a respeito dos seus membros, nem da sua grande for�a, nem a gra�a da sua compostura.
Quem descobrir� a face da sua roupa? Quem entrar� na sua coura�a dobrada?
Quem abrir� as portas do seu rosto? Pois ao redor dos seus dentes est� o terror.
As suas fortes escamas s�o o seu orgulho, cada uma fechada como com selo apertado.
Uma � outra se chega t�o perto, que nem o ar passa por entre elas.
Umas �s outras se ligam; tanto aderem entre si, que n�o se podem separar.
Cada um dos seus espirros faz resplandecer a luz, e os seus olhos s�o como as p�lpebras da alva.
Da sua boca saem tochas; fa�scas de fogo saltam dela.
Das suas narinas procede fuma�a, como de uma panela fervente, ou de uma grande caldeira.
O seu h�lito faz incender os carv�es; e da sua boca sai chama.
No seu pesco�o reside a for�a; diante dele at� a tristeza salta de prazer.
Os m�sculos da sua carne est�o pegados entre si; cada um est� firme nele, e nenhum se move.
O seu cora��o � firme como uma pedra e firme como a m� de baixo.
Levantando-se ele, tremem os valentes; em raz�o dos seus abalos se purificam.
Se algu�m lhe tocar com a espada, essa n�o poder� penetrar, nem lan�a, dardo ou flecha.
Ele considera o ferro como palha, e o cobre como pau podre.
A seta o n�o far� fugir; as pedras das fundas se lhe tornam em restolho.
As pedras atiradas s�o para ele como arestas, e ri-se do brandir da lan�a;
Debaixo de si tem conchas pontiagudas; estende-se sobre coisas pontiagudas como na lama.
As profundezas faz ferver, como uma panela; torna o mar como uma vasilha de ung�ento.
Ap�s si deixa uma vereda luminosa; parece o abismo tornado em brancura de c�s.
Na terra n�o h� coisa que se lhe possa comparar, pois foi feito para estar sem pavor.
Ele v� tudo que � alto; � rei sobre todos os filhos da soberba.*
(J� 40 e 41)

CONTINUA...



A Paz e a Graça Sejam convosco.





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