"Porque, assim como a chuva e a neve descem dos c�us e para l� n�o tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir e brotar, para que d� semente ao semeador, e p�o ao que come, assim ser� a palavra que sair da minha boca: ela n�o voltar� para mim vazia, antes far� o que me apraz, e prosperar� naquilo para que a enviei." Isa�as 55:10-11
Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa f�brica.
Todos os dias ele pegava o �nibus das 6h15 e viajava cinq�enta minutos at� o trabalho... � tardinha fazia a mesma coisa, voltando para a casa.
No ponto seguinte ao que homem subia, entrava uma velhinha, que procurava sempre
sentar na janela.
Abria a bolsa tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do �nibus.
Um dia, o homem reparou na cena.
Ficou curioso.
No dia seguinte, a mesma coisa.
Certa vez o homem sentou-se ao lado da velhinha e n�o resistiu:
- Bom dia, desculpe a curiosidade, mas o que a senhora esta jogando pela janela?
- Bom dia, respondeu a velhinha com um sorriso. Jogo sementes...
- Sementes?... Sementes de qu�?
- De flores. � que eu viajo neste �nibus todos os dias. Olho para fora e a estrada � t�o vazia. E gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho. Imagine como seria bom.
- Mas a senhora n�o v� que as sementes caem no asfalto, s�o esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos. A senhora acha que essas flores v�o nascer a�, na beira da estrada?
- Acho, meu filho. Mesmo que muitas sejam perdidas, algumas certamente acabam caindo na terra e com o tempo v�o brotar.
- Mesmo assim, demoram para crescer, precisam de �gua...
- Ah, eu fa�o minha parte. Sempre h� dias de chuva. Al�m disso, apesar da demora, se eu n�o jogar as sementes, as flores nunca v�o nascer .
Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recome�ou seu "trabalho".
O homem desceu logo adiante, achando que a velhinha j� estava meio "caduca".
O tempo passou. Um dia, no mesmo �nibus, sentado � janela, o homem levou um susto.
Olhou para fora e viu margaridas na beira da estrada, hort�nsias azuis, rosas, cravos, d�lias.
A paisagem estava colorida, perfumada, linda.
O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no �nibus e, nada!
Acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo.
- A velhinha das sementes?
- Pois �, ela morreu no m�s passado.
O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela, e sentiu uma l�grima correr pelo rosto, e um sorriso desabrochar em sua face...
"Quem diria, as flores brotaram mesmo. Mas, pensando bem, de que adiantou o trabalho da velhinha? A coitada morreu, e n�o pode ver esta beleza toda que ela fora respons�vel".
Nesse instante, o homem escutou atr�s de si, uma gostosa risada de crian�a.
Uma garotinha apontava pela janela entusiasmada.
- Olha mam�e, que lindo, quantas flores pela estrada! Como se chamam aquelas azuis? e as branquinhas?
Ent�o, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito.
Mesmo n�o estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha devia estar feliz.
Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas.
No dia seguinte, o homem entrou no �nibus, sentou-se numa janela e, com um sorriso nos l�bios, tirou um pacotinho do bolso, e come�ou a lan�ar semente pela janela.
Que tal, jogar sementinhas pela janela?
Com certeza deixaremos algum caminho melhor para quem vier depois de n�s!
"O semeador semeia a palavra" Marcos 4:14
Am�m !!!