...h�i.. bom dia...
a Lua crescente, enorme l� pro poente, V�nus enorme do outro lado, quer dizer: c�u lipo e claro aguardando as aguas de mar�o kk...
bom dia, bom dia sim, foto de 2007, jaj� esperan�osamente a de hoje, jaj�..
ah, p�nsamentos, ideias na net:
"3) A corrup��o atingiu limites nunca vistos, n�o � mais poss�vel continuar assim. Dif�cil saber, pois n�o dispomos de um "corrupt�metro" para medir avan�os e recuos da corrup��o. Quantos "por cento" do produto interno bruto (PIB) s�o intermediados de maneira heterodoxa? Dif�cil saber, n�o � mesmo? N�o temos base de compara��o, hist�rica ou atual. O certo � que a corrup��o tende a aumentar quando fluxos de receitas e de pagamentos transitam pelos canais oficiais, uma vez que transa��es puramente privadas s�o vigiadas pelas partes, cada uma cuidando do seu rico dinheirinho. O dinheiro da "vi�va" � um pouco de todo mundo: existem milhares de programas "essenciais" para o bem-estar p�blico, objeto de planejamento, discuss�o congressual, aloca��o, empenho, licita��o, leil�o, concorr�ncia, doa��o, etc. � evidente que num sistema assim alguns dos muitos intermediadores encontrar�o alguma maneira de desviar o dinheiro "p�blico" para seu pr�prio usufruto. Quanto maior propor��o do PIB brasileiro passar pelos canais p�blicos, maiores ser�o as oportunidades de corrup��o. A corrup��o s� diminuir� quando menores volumes de recursos passarem pelos canais oficiais. Elementar, n�o � mesmo?
4) A qualidade da educa��o j� atingiu patamares m�nimos, tem de melhorar. Os otimistas incur�veis acham que a escola p�blica j� piorou o que tinha de piorar e que daqui para a frente o movimento ser� no sentido de sua melhoria. Eu acho que ainda n�o atingimos o fundo do po�o, independentemente do volume de recursos que se jogue no sistema atual. Existe uma incultura generalizada na sociedade, detect�vel nos canais p�blicos de televis�o e nas universidades de modo geral, sem mencionar as "sa�vas freireanas" do Minist�rio da Educa��o (MEC). Resultado paralelo de nossa "democracia de massas" e de um descaso generalizado com a escola p�blica, mais e mais pessoas ignorantes ascendem a posi��es de mando, com o que continuam contribuindo para a deteriora��o ainda maior do ensino, p�blico ou privado. Uma ignor�ncia enciclop�dica atinge os mais variados campos do saber humano; como n�o existe muita autocr�tica, ela continua impunemente produzindo efeitos delet�rios sobre o nosso sistema de ensino. Acreditem, n�o h� nenhum risco de melhoria da educa��o brasileira no futuro previs�vel.
5) O Brasil est� condenado a ser grande e importante, � o pa�s do futuro. Essas tiradas patrioteiras nunca me comoveram, pela simples raz�o de que tamanho n�o � documento. A China sempre foi enorme, gigantesca, e decaiu continuamente durante tr�s ou mais s�culos, antes de come�ar a reerguer-se, penosamente, nas duas �ltimas d�cadas do s�culo 20. Ela est� longe, ainda, de ser um exemplo de prosperidade para o seu povo, mesmo que possa j� ser uma pot�ncia militar e venha a ser, brevemente, uma pot�ncia tecnol�gica, tamb�m. A R�ssia sempre foi um gigante de p�s de barro, seja no antigo regime czarista, seja durante os anos de socialismo senil, at� se esboroar na decad�ncia pol�tica e no capitalismo mafioso, do qual o pa�s ainda n�o se recuperou.
O Brasil sempre foi grande, e pobre, n�o absolutamente, mas educacionalmente paup�rrimo, miserabil�ssimo no plano cultural. Somos hoje um pa�s totalmente industrializado - repito, totalmente - e uma pot�ncia no agroneg�cio, mas n�o deixamos de ser pobres, educacionalmente falando. Ainda estamos no s�culo 18 em mat�ria de ensino, quando n�o de cultura. Bem sei que dispomos, atualmente, de um sistema de produ��o cient�fica que se situa entre os 20 melhores do mundo, mas isso "atinge", se tanto, uma m�nima parcela da popula��o, uma superestrutura extremamente fina em termos sociais. O que vale, em �ltima inst�ncia, n�o � poder econ�mico absoluto, mas o poder relativo e, sobretudo, bem-estar e prosperidade para a popula��o, qualidade de vida, e nisso estamos muito aqu�m do desej�vel. O Brasil continuar� sendo um gigante de p�s de barro enquanto n�o resolver problemas b�sicos no interior de suas fronteiras. Para mim, ele continua pequeno..."
*Paulo Roberto de Almeida � diplomata e professor universit�rio (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/).