Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo
Nunca vi o Brasil t�o esculhambado como hoje. Perdoem a palavra grosseira, mas n�o h� outra para nos descrever. J� vi muito caos no Pa�s, desde o suic�dio de Get�lio at� o porre do J�nio Quadros largando o poder, vi a morte de Tancredo na hora de tomar posse, vi o Pa�s entregue ao Sarney, amante dos militares. Vi o fracasso do Plano Cruzado, vi o esc�ndalo do governo Collor, como uma maquete suja de nossos erros tradicionais, j� vi a infla��o a 80% num s� m�s, vi coisas que sempre nos deram a sensa��o fatalista de que a





"Assim, se organiza a burrice, a estupidez (notem que falo do "id" petista), a nega��o de qualquer facticidade, a ado��o s� de ideias gerais, dedutivas, o desejo de fazer o mundo caber num ide�rio superado ("aufheben"). Da� a desconfian�a no mercado, nos empreendedores, contra todos que trabalham indutivamente, com o mist�rio das coisas singulares no centro da sociedade civil que eles veem como uma anomalia atrapalhando o Estado. Os esquerdistas se sentem parte de uma dinastia desde Stalin - as palavras e conceitos ainda s�o usados. E, como no tempo do Grande Irm�o, h� o desejo de apagamento do sujeito ou seja, nem a morte tem import�ncia para sujeitos que viram objetos. Vide Coreia. At� o assassinato pode ser absolvido como uma necessidade hist�rica.

Um dia, um companheiro (que morreu h� pouco...) me disse: "N�o tema a morte. Marx disse que somos seres sociais. O indiv�duo � uma ilus�o. Para o comunista, a morte n�o existe". E eu sonhei com a vida eterna.

Essas s�o algumas das doen�as mentais que est�o levando o Brasil para um p�ntano institucional. Temos que nos salvar desse determinismo suicida.

Se houver a vit�ria de Dilma ou a volta de Lula estaremos, como diria Hegel, fo&#dos - numa "contradi��o negativa" que vai durar d�cadas para ser "superada"."