A vida inteira t�o cinzenta-cor-de-nada aqui t�o perto.
O fumo todo a entrar pelos pulm�es.
Sem bater � porta.
At� que a alma (pregui�osa) inspira todas as horas
que insistimos em n�o ver.
Os mesmos erros a chamar
por n�s e a tenta��o
a entrar-nos pelos olhos adentro.
Sem tempo.
O cora��o a pedir esmola
e as m�os ca�das na for�a da corrente.
Caprichos ao redor do corpo.
V�cios enra�zados no fundo de n�s.
O pecado ali ao lado, sempre longe,
sempre tarde demais para a vontade
que nos persegue os dias.
E uma crise existencial eminente:
N�o h� dinheiro que chegue
para comprar uma alma aben�oada.
Eu nem sequer fumo.
Haver�, ao menos, esperan�a nisso?