Eu que j� andei pelos quatro cantos do mundo procurando, foi justamente num sonho que Ele me falou:
�s vezes voc� me pergunta
Por que � que eu sou t�o calado,
N�o falo de amor quase nada,
Nem fico sorrindo ao teu lado.
Voc� pensa em mim toda hora.
Me come, me cospe, me deixa.
Talvez voc� n�o entenda,
Mas hoje eu vou lhe mostrar.
Eu sou a luz das estrelas;
Eu sou a cor do luar;
Eu sou as coisas da vida;
Eu sou o medo de amar.
Eu sou o medo do fraco;
A for�a da imagina��o;
O blefe do jogador;
Eu sou!... Eu fui!... Eu vou!...
Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou o seu sacrif�cio;
A placa de contra-m�o;
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldi��o.
Eu sou a vela que acende;
Eu sou a luz que se apaga;
Eu sou a beira do abismo;
Eu sou o tudo e o nada.
Por que voc� me pergunta?
Perguntas n�o v�o lhe mostrar
Que eu sou feito da terra,
Do fogo, da �gua e do ar!
Voc� me tem todo dia,
Mas n�o sabe se � bom ou ruim.
Mas saiba que eu estou em voc�,
Mas voc� n�o est� em mim.
Das telhas eu sou o telhado;
A pesca do pescador;
A letra "A" tem meu nome;
Dos sonhos eu sou o amor.
Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo;
Eu sou a m�o do carrasco;
Sou raso, largo, profundo.
Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubar�o;
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da vis�o.
Eu!
Mas eu sou o amargo da l�ngua,
A m�e, o pai e o av�;
O filho que ainda n�o veio;
O in�cio, o fim e o meio.
O in�cio, o fim e o meio.
Eu sou o in�cio,
O fim e o meio.
Eu sou o in�cio
O fim e o meio.