Eu insisto e me pergunto
se foi utopia ou realidade,
se foi uma grave mentira
ou uma fr�gil verdade,
se foi uma ilus�o
ou uma f�til vaidade.
Eu tento entender
como tudo p�de ser
t�o simples e radical,
t�o intenso e superficial.
Em seguida eu me lembro
que nunca passou do virtual
e nesse mundo de mentira
a ignor�ncia e a ira
surgem facilmente.
Aqui vivem inconsequentes
que invadem cora��es e mentes,
que n�o s�o transparentes.
Aqui, um dia, a porta est� aberta
e no outro est� trancada
e n�o h� uma passagem secreta
ou uma fresta liberada
para que se possa entrar
e qualquer coisa falar.
Esse mundo certamente n�o � meu,
n�o tem espa�o na minha vida,
de nada valeu essa investida.
Portanto... fui... banhada em m�goas,
mas de cabe�a erguida.
{Silvana Duboc}