H� dias que chove sem parar�
C�u cinza... Anoitece mais cedo...
E a noite se prolonga manh� adentro...
Meus pensamentos voam;
Enquanto contemplo o espet�culo de abandono e vazio que a chuva oferece.
A rua deserta... As casas fechadas...
Estas manh�s nubladas, de garoa fina,
S�o para mim pren�ncio de um dia enraizado em melancolia e recorda��es...
Sinto saudade!
Uma vontade t�o grande de reencontrar aquele amor antigo...
Aquele lindo amor que eu perdi na dist�ncia, no tempo;
Mas, que carrego no peito at� hoje em forma de saudade reticente
De mem�ria que n�o se desfaz...
Ao contr�rio do tempo, sempre sujeito a melhoria.
E a chuva resiste, insiste...
A chuva � sempre triste!
A janela de onde olho esta paisagem m�rbida,
Encerra � me em meu quarto...
Fronteira e limite a qualquer sonho.
Queria vencer a chuva,
A resist�ncia das �guas, e esta dist�ncia
T�o absoluta.
FATHIMA ALLVES
DIREITO AUTORAL RESERVADO �
(LEI N�MERO 9610/98 ART. 184)
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