Sil�ncio!...
No fad�rio que � meu, neste penar,
Noite alta, noite escura, noite morta,
Sou o vento que geme e quer entrar,
Sou o vento que vai bater-te � porta...
Vivo longe de ti, mas que me importa?
Se eu j� n�o vivo em mim! Ando a vaguear
Em roda � tua casa, a procurar
Beber-te a voz, apaixonada, absorta!
Estou junto de ti, e n�o me v�s...
Quantas vezes no livro que tu l�s
Meu olhar se pousou e se perdeu!
Trago-te como um filho nos meus bra�os!
E na tua casa... Escuta!... Uns leves passos...
Sil�ncio, meu Amor!... Abre! Sou eu!...
FLORBELA ESPANCA