N�o digas adeus, � sombra amiga,
Abranda mais o ritmo dos teus passos;
Sente o perfume da paix�o antiga,
Dos nossos bons e c�ndidos abra�os!
Sou a dona dos m�sticos cansa�os,
A fant�stica e estranha rapariga
Que um dia ficou presa nos teus bra�os�
N�o v�s ainda embora, � sombra amiga!
Teu amor fez de mim um lago triste:
Quantas ondas a rir que n�o lhe ouviste,
Quanta can��o de ondinas l� no fundo!
Espera� espera� � minha sombra amada�
V� que p�ra al�m de mim j� n�o h� nada
E nunca mais me encontras neste mundo!�
FLORBELA ESPANCA
(in Antologia de Poetas Alentejanos)