Olho de cima, como se fosse uma �guia em pleno v�o;
A aridez da plan�cie com pouca vegeta��o, reflete o brilho do sol.
A sensa��o de liberdade � extrema e por isso mesmo, grande � o sentimento de solid�o.
O plano de v�o se configura pelo que ocorre no momento; ele mostra o que de mais agudo reverbera em meu interior: um grito, embora silencioso, ecoa no espa�o e se faz ensurdecedor.
Atordoada, olho para baixo; a dist�ncia, a altura, n�o se fazem intimidadoras pois o medo � nulo dada � indiferen�a que ora me permeia.
Planando, sinto o vento que bate na face, como a lembrar-me de onde estou: n�o piso o ch�o; estou segura t�o somente por pequenas mol�culas de ar que me sustentam no espa�o aberto.
Desvio o olhar da extensa plan�cie e olho � frente; ao longe, o horizonte est� sempre a frente; por mais que eu tente me aproximar, ele continua distante; na propor��o que avan�o, ele se afasta...
Ainda indiferente, olho acima e uma luz intensa me cega, l�grimas umidecem minhas p�lpebras; por um momento perco meu direcionamento e confusa me debato e ent�o penso: e agora? Que fa�o? O espa�o gira ao meu redor e sem rumo, com o cora��o batendo rapidamente, fecho os olhos; o silencio se faz agora, verdadeiramente presente e ainda de olhos fechados come�o a ver uma luz que aos poucos vai crescendo e se aproximando; vou aos pouco enxergando: cores e matizes diferenciados come�am a aparecer; formas incomuns e de singular beleza, agora surgem; � frente, no horizonte, o crep�sculo inicia: � o ocaso da alma, preparando o novo renascer.