BAGUAL
Todas as vezes que tento
Arrancar do partidor,
Rebento a boca bagual,
Acalma minha ventania,
Balan�a as tran�as guria
Me banha de alecrim,
Faz ma�anilha pra mim
Arnica me faz t�o bem
Paras dores
E alma dos domadores.
Encendeia todo meu facho,
Le minha sorte guria
Com os ti��es do meu destino,
Manda a prenda
Sem pedras nem renda
S� com vestido pregueado
Montada no meu bagual,
Segue o vento e a ventania,
Me encontrara ginetiando,
No lombo das borboletas.
Vasculha meus moles miolos
Pega meus versos crioulos
V� o bom e o que n�o presta,
V� que tempo me resta
Para vagar pelas fazendas,
Quero colher o �ltimo bem me quer,
Pegar minha tordilha
Enfurnar-me pelas est�ncias
Quero ver quem me acha
De xirip�, bota e bombacha.
Serei o vento e a ventania
Que sopra em teus cabelos guria,
Serei um certo e meio louco
Vagando pelas cochilhas,
Numa m�o o freio, as r�deas e as esporas,
Noutra um ma�o de ma�anilha,
Bordada de alecrim,
Para que lembrem de mim
E da est�ncia
Solid�o.
�Quero ver quem acha
O bagual, de bota, xirip� e bombacha�.
Fernando Lucho