AQUELA MENINA DOS CABELOS DE TIGELA
O vento rugia,
L� fora era �gua,
Chovia.
Da janela do meu quarto
Que n�o me aparto,
N�o se via
Quase nada.
Da vidra�a toda emba�ada,
Mal se podia
Notar
Que a enxurrada,
Corria
Sobre a cal�ada.
Sem nada poder
Fazer,
Fiquei eu,
Com meus pensamentos,
Sem querer
Lembrei
De um tempo distante
Numa �poca passada,
Na qual fiquei preso
A uma pesada armadura,
Que deixou cicatrizes enormes
Em meu cora��o,
Foi dif�cil
De superar.
De apagar.
Tudo come�ou
Quando conheci
Ela,
Aquela
Bela
Menina dos cabelos de tigela.
E o que era
Para ser um amor comum
Tornou-se extraordin�rio.
Mas em pouco tempo
N�o mais,
Um fantasma do c�u,
Cravou-se em nossos cora��es,
O amor extraordin�rio
Tornou-se ordin�rio,
Onde ela anda n�o sei,
Tudo acabou.
Hoje quando chove,
Ou�o um trov�o,
Ou vejo
Um relampejo,
Lembro daquele antigo love,
Logo vem em meu pensamento
Ela,
Aquela bela menina dos cabelos de tigela.
Fernando Lucho