I
Foi um dia de gl�ria! - O povo altivo
Trocou sorrindo as vozes de cativo
Pelo cantar das festas!
O le�o indom�vel do deserto
Bramiu soberbo, dos grilh�es liberto,
No meio das florestas!
L� no Ipiranga do Brasil o Marte
Enrolado nas dobras do estandarte
Erguia o augusto porte;
Cercada a fronte dos laur�is da gl�ria
Soltou tremendo brado da vit�ria:
- Independ�ncia ou morte!
O santo amor dos cora��es ardentes
Achou eco no peito dos valentes
No campo e na cidade;
E nos sal�es - do pescador nos lares,
Livres soaram hinos populares
� voz da liberdade!
II
Anos correram; - no torr�o fecundo
Ao sol de fogo deste novo-mundo
A semente brotou;
E franca e leda, a gera��o nascente
� copa altiva da �rvore frondente
Segura se abrigou!
A roda da bandeira sacrossanta
Um povo esperan�oso se levanta
Infante e a sorrir!
A na��o do letargo se desperta,
E - livre - marcha pela estrada aberta
�s gl�rias do porvir!
O pa�s, n"alegria todo imerso,
Velava atento � roda s� dum ber�o.
Era o vosso, Senhor!
V�s do tronco feliz doce renovo,
Vede agora, Senhor, na voz do povo
Qu�o grande � seu amor!
Autor: (Casimiro de Abreu)