O amor maduro n�o � menor em intensidade. Ele � apenas silencioso. N�o � menor em extens�o. � mais definido, colorido e poetizado. N�o carece de demonstra��es: presenteia com a verdade do sentimento. N�o precisa de presen�as exigidas: amplia-se com as aus�ncias significantes.
O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo. Mas vive dos problemas da felicidade. Problemas da felicidade s�o formas trabalhosas de construir o bem e o prazer. Problemas da infelicidade n�o interessam ao amor maduro.
Na felicidade est� o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro, est� a compreens�o antecipada, a adivinha��o, o presente de valor interior, a emo��o vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percep��o, o prazer de conviver, o equilibrio de carne e de esp�rito.
O amor maduro � a valoriza��o do melhor do outro e a rela��o com a parte salva de cada pessoa. Ele vive do que n�o morreu mesmo tendo ficado para depois. Vive do que fermentou criando dimens�es novas para sentimentos antigos, jardins abandonados, cheios de sementes.
Ele n�o pede... tem. N�o reivindica... consegue. N�o percebe... recebe. N�o exige... d�. N�o pergunta... adivinha. Existe para fazer feliz.
O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilus�o. Basta-se com o todo do pouco. N�o precisa e nem quer nada do muito. Est� relacionado com a vida e sua incompletude, por isso � pleno em cada ninharia por ele transformada em para�so.
� feito de compreens�o, m�sica e mist�rio. � a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e crian�a. � o sol de outono: n�tido mas doce..., luminoso, sem ofuscar..., suave mas definido..., discreto mas certo.
Um Sol que aquece at� queimar.
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