poder� resistir �s frias brisas
aprender�, um dia, a pulsar
pelo calor afetivo do suave amor?
Que exista este dia.
Que ele despreze o tempo dos calend�rios,
que ele comungue com a eternidade.
Que seja escrito na alma.
E ent�o ele n�o ser� como pluma
a se perder no vento do destino.
N�o ser� escravo do acaso,
mas ter� vida pr�pria e sua busca
ser� v�nculo entre almas,
ser� alian�a consolidada por um olhar.
E estes olhares haver�o de se buscar,
deposit�rios deste mist�rio.
Ser�o olhos deposit�rios de l�grimas,
ser�o olhos de molduras de sorrisos.
Ser�o promessa de inquieta��o e paci�ncia,
inspira��o para a esperan�a.
E esta ser� a musa
que h� de unir letras em s�labas
e estas em palavras
para, em pacto com o Criador,
organizarem-se no corpo do leve poema.