PAIX�O FATAL.
Quando pus os meus olhos nos teus olhos
Tomado fui por terno magnetismo:
Em teu olhar surgiu um mar, sem escolhos,
Sereno, belo, azul, em seu lirismo...
Subitamente, acendeu dentro em mim
O fogo intenso da paix�o fatal.
Vi-me como um glorioso querubim
A sonhar o mais belo amor astral...
Mas, oh querida, esse teu corpo-mar,
Como preciso na paz navegar
Com a minha nau de antigo argonauta...
Preciso, pois, sondar os teus luares,
Beber de ti a seiva dos teus mares,
Ao canto de Orfeu, de �urea serenata...
۞ O Tempo � o Senhor da Raz�o ! ۞
Deus � o Senhor do tempo.