"OS DOUTORES DA ALEGRIA"
****
***
**
Num sal�o de barbeiro
Ele entrou naquele sal�o num final de tarde, eu esperava minha vez pra cortar os poucos cabelos que me restam.
Enquanto folheava uma revista sem ler observava aquele senhor distinto, bem trajado com seu palet� e gravata ainda sem amarrotar mesmo num final de tarde de sol escaldante.
Tinha os cabelos de prata, ondulados, de fazer inveja a muitos gal�s e a n�s carecas de plant�o.
Disse de uma forma bem cordial que estava muito atarefado, mas aquela data pra ele era sagrada.
Tolhi-me da perguntar o porqu� apesar da curiosidade e por estar sem a mesma pressa que aquele senhor ofereci meu lugar a ele e de pronto aceitou me agradecendo pela gentileza.
Mas a maior surpresa ainda estava por vir, o barbeiro sem perguntar nada foi lhe raspando a cabe�a e ao final passou a navalha deixando sua cabe�a lisa como se nunca tivesse tido �nico fio de cabelo.
Saiu com a mesma educa��o que chegara deixando uma sauda��o de quem buscava e acreditava muito em Deus.
E sem que eu falasse ou perguntasse nada o barbeiro satisfez minha curiosidade e dos demais naquele sal�o.
Aquele cidad�o teve um filho de foi acometido de um c�ncer, um tumor maligno que o obrigou fazer intermin�veis sess�es de quimioterapia que o deixou carequinha, carequinha.
Um dia seu filho olhando-se no espelho chamou-o e disse �pai porque o senhor n�o raspa cabe�a pra ficar igual a mim?� Se sentindo impotente pra fazer algo que salvasse a vida do filhinho teve uma luz de fazer um voto a Deus que se seu filhinho ficasse curado dessa terr�vel doen�a duas vezes por ano ele rasparia cabe�a completamente em homenagem ao filho e em gratid�o ao milagre e n�o teve d�vidas, imediatamente foi ao barbeiro e se igualou ao filho raspando a cabe�a.
Com certeza todos assim como eu pensamos que o final da hist�ria seria que a crian�a tivesse sido curada e ele estava pagando seu voto a Deus, mas n�o, o menino n�o resistiu ao c�ncer e faleceu, mas viveu um ano a mais das previs�es do m�dico e j� na agonia da morte ainda disse agradecido ao seu pai: �Obrigado paizinho por ter ficado comigo o tempo todo e ter sido t�o fiel e pediu um hino que gostaria que cantasse no seu funeral.
Mesmo com esse desfecho n�o esperado e muito triste aquele homem duas vezes por ano vai at� o sal�o do barbeiro e se torna igual ao seu filho que partiu e que um dia pediu que ele raspasse a cabe�a pra ser seu companheiro e ficar igual a ele.
A paz de Deus meus amados, tenham um final de semana aben�oado em nome de Jesus.
Josu� Bas�lio Oliveira
27/03/2009
5.49h
S�bado
****************************
*JOSU�... UM AMIGO DE PLANT�O*
****************************
Os direitos autorais s�o protegidos
Pela lei n� 9.610/98,
Viol�-los � crime estabelecido pelo
Artigo 184 do C�digo Penal Brasileiro