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UM CANCER DE MAMA.




�ramos quatro



Quem n�o leu o romance de Maria Jos� Dupr�, �ramos seis?
A fortaleza do lar que era a m�e dona Lola, integra, amorosa que amenizava os conflitos entre os irm�os, os valores passados como li��o obrigat�ria, a sa�da de casa e a certeza de que o fim � inevit�vel. Com certeza muitos de voc�s ja leram ou ouviram falar desse romance maravilhoso.
Eu me lembrei dele ontem depois de um telefonema que recebi da minha irm� Ester, de apenas dez anos mais velha que eu. A hist�ria de Ester se resume em amor, doa��o e de presen�a em nossas vida desde o nosso nascimento at� hoje.
Minha m�e sa�a de madrugada pra trabalhar na lavoura com meu pai numa �poca que, dos onze fillhos que tinham, o mais velho nao havia completado vinte anos, imaginem voc�s, a pobreza e as priva��es por que passavamos por conta da ignor�ncia de uma forma��o, onde o planejamento familiar era pecado e o sexo era pra reprodu��o, nasciamos em casa nas m�os das parteiras e tinha uma tese pra mortalidade infantil, que era um absurdo, quem vingasse sobreviveria.
Eu era o d�cimo filho dessa familia, acima de mim tinha a Rute e a Bete e abaixo de mim o ca�ula Davi ja que estou relatando o porqu� da minha cita��o que �ramos quatro.
Quando minha m�e sa�a ela deixava uma incumb�ncia pra Ester, uma menina de dez anos rec�m completados, dizendo: �T�i� cuida dos quatro pequenos, e eu era um dos quatro pequenos, e como ela cuidava de n�s! Da comida ao banho e a vigilia pra n�o n�o nos machucassemos, apressava- se quando ia se aproximando o final da tarde, pra que tomassemos banho, numa bacia enorme de aluminio usada tamb�m pra deixar os len��is de molho, era t�o grande a bacia que entravamos os quatro juntos ou de fato n�s �ramos pequenos.
Quando a m�e o pai chegava nos estavamos limpos alimentados e cheio de hist�rias pra contar e ouvir tamb�m as suas hist�rias
Um fato marcante e que persiste at� hoje foi quando nasceu o Davi, eu fiquei enciumado por ter perdido o trono de ca�ula e chorava quando algu�m o chamava de nen�, dizendo que eu que era o nen�, Ela ent�o pra amenizar o meu descontentamento disse que ele n�o era nen� n�o, que o nen� era eu e come�ou a me chamar assim, Nen�, Nen�, Nen� e at� hoje quase cinquenta anos depois pra ela eu n�o me chamo Josu� e sim Nen�, s� me chama e se dirige a mim dessa forma.
Bom tempos, que dos muitos eu me lembro pouco e sei dessa hit�ria mais pelo que os meus outros irm�os me contam, mas o fato que pra mim, um dos quatro pequenos, ela foi e �, irm�, m�e e anjo.
Ontem ao meio dia o telefone tocou, atendi e era a T�i, com aquele jeito carinhoso dizendo: Oi Nen� a paz de Deus, voc� ta legal, e o Renan Diego ta bem? Respondi que estava tudo bem e perguntei dela, da sua familia e sua sa�de ela me disse que tinha ido ao m�dico e foi detectado um probleminha, e me revelou que foi diagnosticado um cancer em seu seio, que os exames foram feitos e que n�o havia d�vidas, era mesmo um cancer, ja encaminhada pra fazer quimioterapia e alertada da consequ�ncias da tal, como �nsia de v�mito, diarr�ia, tontura e queda dos cabelos que ela n�o cortava nunca, e que ao final das sess�es em seis meses ter� sua mama amputada no processo do traum�tico desse tratamento.
Fiquei pasmo e muito triste ouvindo sua narrativa cheia de esperan�as de ser curada e deixando nas m�os de um Deus, que ela serviu a vida toda, o seu destino e a sua alma.
Faltou me o ch�o e as palavras naquela hora, as l�grimas n�o eram s� dos meus olhos e sim do meu cora��o, cortando como l�mina afiada, orei por ela a tarde toda pedindo pela sua paz e que Deus n�o abandone jamais sua filha e minha irm� T�i.
Poxa mana! Ser� que n�o tem jeito de dividir esse cancer por onze ou por quatro, assim ele ficaria fraquinho e sem for�as de te derrotar, tenha certeza que a primeira o por��o eu tomaria pra mim sem pensar duas vezes.
Lute querida contra esse mal, esse intruso e tenha certeza que jamais estar� sozinha.
Te amo querida te amo.

Seu mano
Nen�



Que a tarde nunca chegue dizendo que o dia acabou e que a vida tem que anoitecer.




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JOSU�... UM AMIGO DE PLANT�O
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Texto em Ingl�s








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