UM BEIJO DE GELO
A manh� amanheceu cinzenta
A neblina espessa e nevoenta
Apagava com seu cinza o sol amigo.
Seus olhos procurando na luz o seu abrigo
Ficaram cegos na cortina que surgiu como parede
Atingido na luta, procurando as respostas com sede.
Gritou pela paz que lhe faltava num grito surdo
Mas o eco respondeu seu clamor e ficou mudo
Abra�ado pela fuma�a que as juntas faziam geladas,
Sentou sem for�a e sem motivo no �mido ch�o da estrada.
Ele sempre apaixonado pela vida com tanto zelo
Sente mais uma vez ser do destino um beijo de gelo.
A estrada � longa e caminhar � urgente
E no meio do caminho o atropelo � permanente
Tenta se levantar sentindo as dores do frio que congela
E trope�a cambaleante na impot�ncia que se revela.
Olha pro alto � ali que deve ser o c�u
Em meio a mist�rios e nuvens que se espalham como v�u.
Bate forte uma tristeza, uma vontade incontida de chorar
Ningu�m na estrada pra sua dor consolar?
E dividir tamb�m os momentos que lhe insistem em machucar?
Quando um vulto ruflando suas asas vigorosamente aterrissa
Carinhosamente cuidando as ferida sua dor suaviza .
E o levantando o conduz pela estrada a caminho da luz
Fazendo mas fr�gil sua dor e mais leve sua cruz.
Mas suas asas voltam a ruflar, al�ando voo
se camuflam com as nuvens tornando-se uma delas.
Josu� Bas�lio Oliveira
20/05/2011
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JOSU�... UM AMIGO DE PLANT�O
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