� f�cil amar o outro na mesa de bar, quando o papo � leve, o riso � farto, e o chope � gelado.
� f�cil amar o outro nas f�rias de ver�o, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calend�rio do de vez em quando.
Dif�cil � amar quando o outro desaba. Quando n�o acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coer�ncia. O rebolado.
Dif�cil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com algu�m que n�o aceitamos que ele esteja.
Dif�cil � permanecer ao seu lado quando parece que todos j� foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele n�o v� mais ningu�m na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou n�o, exige que a gente saia do nosso ego�smo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro.
Dif�cil � amar quem n�o est� se amando.
Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu n�o acredito na exist�ncia de bot�es, alavancas, recursos afins, que fa�am as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura m�gica. Mas eu acredito na f�, na vontade essencial de transforma��o, no gesto aliado � vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas dif�ceis, de quem n�o desiste da gente.
Na mesa de um bar
Incr�vel, eu que nunca bebi
que nunca, jamais sa� por ai
vendo em fugas a solu��o.
Que me norteava em virtude
apesar da louca inquietude
que havia em meu cora��o.
Achei-me na madrugada
cercado de vazio e nada
na mesa fria de um bar.
Em meio a sons e gritarias
junto com tantas Marias
que s� brincam de amar.
Senti na alma tanto frio
como peixe fora do rio
que morre por falta de ar.
Quanta historia ouvi ali
mas sa� vazio do que colhi
na triste mesa de um bar.
Josu� Bas�lio Oliveira
16/07/2011
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*JOSU�... UM AMIGO DE PLANT�O*
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